Uma multidão lotou o Parque das Nações Indígenas na noite do último domingo, 13 de julho, para prestigiar o forró de João Gomes e a sanfona da atração regional Gabriel Chiad. Segundo informações da Polícia Militar, foram cerca de 50 mil pessoas estiveram presentes para o show no parque.
Abrindo o show no finzinho da tarde, o sanfoneiro e multi-instrumentista campo-grandense Gabriel Chiad levantou a plateia com seus sucessos. Gabriel já se apresentou em diversos festivais e cidades do Brasil e tem no artista João Gomes uma de suas maiores inspirações — a ponto de lançar a música “Eu Tenho a Senha 2” como homenagem. Abrir o show de João em sua cidade natal foi um marco na sua trajetória. “Galera está quente aqui, né? O MS ao Vivo, a energia da galera é pra cima, todo mundo feliz, curtindo um forrozão hoje aqui. Hoje a gente tocou um pouco de tudo, porque brasileiro é isso, brasileiro gosta de tudo”.
Antes de começar o show, um pouco tímido mas muito animado, o músico pernambucano João Gomes disse estar muito feliz de se apresentar em Mato Grosso do Sul. “Que a galera se divirta com o nosso show e é isso que a gente possa voltar mais e mais vezes, com fé em Deus. Tem umas músicas novas do Dominguinhos, tem os arrasta pé, que a gente ainda está em clima das festas juninas, então que a galera se divirta com essa alegria, com esse sentimento que a gente tem para eles. Para mim é um privilégio, estou muito feliz de estar aqui hoje, acho que eu não consigo esconder esse sentimento, ver essa galera toda aqui, que veio para curtir o nosso show, que veio para viver essa experiência”.
O secretário de estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, afirmou que o MS ao Vivo é um dos projetos mais exitosos da Fundação de Cultura, se consolidando a cada edição. “Você viu essa edição aqui, completamente lotada, desde as 6 horas da tarde. Uma abertura incrível do Gabriel Chiad, que é um artista sul-mato-grossensse. O MS ao Vivo tem esse objetivo, de revelar esses talentos que até então são desconhecidos. E essa expectativa do show do João Gomes, que é impressionante como a população se mobilizou e a gente fica muito feliz. É uma forma democrática de você dar acesso à cultura para toda a população, celebrando esse parque maravilhoso, que é o Parque das Nações Indígenas”.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, achou “bacana” essa edição com o João Gomes que traz uma música nordestina, um forró no meio das festividades juninas e julinas. “Nós temos muitos nordestinos em Campo Grande, a gente soltou uma enquete. E na enquete foi muito evidente que a população queria o João Gomes aqui em Campo Grande, então nada melhor do que tê-lo aqui. E eu acho que uma iniciativa interessante também foi hoje o Chiad, uma prata da casa de Mato Grosso do Sul, um menino voltado para o forró que é fã do João Gomes e hoje está podendo ter um show de forró para tanta gente como a gente está aqui no Parque das Nações Indígenas. Eu acredito que hoje a gente deva ser mais uma vez recorde de público, como na Luísa Sonza. Eu acho que cada vez mais estamos acertando no gosto das pessoas do nosso estado na questão musical”.
No meio do público, o artista circense Junior de Oliveira, de Dourados, aproveitou o final de semana para prestigiar o MS ao Vivo em Campo Grande. “Eu tinha que dar um pulinho em Camapuã, daí aproveitei ver meus pais, mas o objetivo principal era aproveitar o show hoje. Sempre que dá, eu estou por aqui pra ver os shows, quando são do meu interesse, sempre que dá eu venho. O João Gomes era um dos shows que eu estava mais querendo vir, então hoje eu acho que vai ser um dos melhores shows do ano. É muito importante o MS ao Vivo porque é uma forma de a população ter uma opção de lazer gratuita. E trazendo nomes nacionais, que é muito importante pra cidade e pro estado. E que cada vez mais as atrações do governo possam se estender pra outras cidades do estado também”.
Manoel Alex da Silva trabalha com obras e está há um ano em Mato Grosso do Sul por conta do trabalho. Ele veio de Moreilândia, Pernambuco, que fica próximo de Serrita, a terra natal do João Gomes. Ele curte o artista pernambucano desde quando ele fazia sucesso só lá no nordeste. “Eu fiquei sabendo do show por um amigo. É minha primeira vez no MS ao Vivo, eu acho importante pra gente que não é daqui se ver mais incluído, né? Porque trazer artistas do nosso estado, aí a gente que mora aqui pode prestigiar”.
A professora Judite Chiusa Beilner veio de Naviraí curtir o show com o marido, o servidor público estadual Sandro Arthur Beilner. “A gente acompanha os shows que tem, e ama, e a gente adora o João Gomes. Somos fãs de João Gomes, a gente veio visitar filhos, mas viemos também para o show”, diz Judite. “Acho que o MS ao Vivo é muito importante para disseminar essa cultura diferente do nosso estado, trazer novos artistas de fora, de todo o Brasil. Acho uma iniciativa muito especial”, finaliza Sandro.
